O procurador João Paulo Lordelo enviou ao procurador-chefe, Claudio Drewes José Siqueira, um memorando apontando a possível incorrência de crimes na ação de um homem, identificado como o mesmo que agrediu enfermeiras durante ato em Brasília. Segundo apurou o site UOL, o homem que aparece nas imagens se chama Renan Sena e trabalhava como terceirizado no Ministério de Direitos Humanos.
A notícia-crime solicita que seja aberta uma investigação para apurar os fatos e, caso constatada a ação criminosa, seja penalizado o agressor. Sena foi apontado como um dos líderes em uma manifestação que atacou verbalmente enfermeiras e técnicos de enfermagem enquanto estes realizavam manifestação silenciosa e pacífica na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Logo após a divulgação dos vídeos onde Sena foi filmado atacando enfermeiras, outros detalhes foram divulgados por jornalistas do portal Uol. Segundo informações, Renan atuava como terceirizado no setor socioeducativo do Ministério de Direitos Humanos e, segundo o governo, teria sido demitido no dia 23 de abril. No entanto, apuração do portal observou que o ato demissionário não havia sido notificado.
Segundo relatório, as ações de Sena podem configurar os crimes previstos nos artigos 22 e 23 da Lei de Segurança Nacional. Além das participações nas manifestações já citadas, Sena também é apontado como responsável pela colocação de faixas em frente a Embaixada chinesa em Brasília, com xingamentos e acusações ao presidente chinês, Xi Jinping.
Além de Renan Sena, outro homem, identificado como Wagner Cunha, também é alvo de investigação. Em vídeo anexado ao memorando, Lordelo destacou declaração dada por Cunha durante o vídeo anexado, em que o homem acusa o STF de ser uma facção criminosa e acusa os ministros de serem bandidos. O grupo, que também era composto por Marluce Carvalho de Oliveira Gomes (que também estava presente na agressão aos enfermeiros) pode ser alvo de inquérito caso a solicitação de Lordelo seja acatada.