Marcelo Guimarães, de 38 anos, passou a integrar uma das piores listas que o Rio de Janeiro tem para mostrar: a lista de pessoas mortas por bala perdida. A família dele conta o que acontecia naquele dia, quando Marcelo foi morto enquanto voltava para casa.
De acordo com a mãe de Marcelo, Angélica, ele voltava da escolinha de futebol do filho, depois de deixa-lo no local para suas primeiras aulas. Marcelo estaria indo para casa, para então seguir para o trabalho. Na volta, ele foi atingido por um tiro abaixo de um viaduto da linha amarela.
“Uma ruindade tremenda”, afirmou Angélica. A mãe acredita que o tiro partiu de policiais que circulavam na região dentro de um “caveirão”, o carro blindado da PM. A viúva de Marcelo, Carla concorda com a sogra.
Angélica ainda afirma que Marcelo não foi sequer abordado, mas executado. A mãe ainda denuncia que alguns policiais que estavam no local, depois da morte de Marcelo, ficaram rindo a respeito do crime. A mãe pede justiça.
Carla concorda com a sogra e ainda afirma que não houve conflito na Cidade de Deus naquele dia, o que contraria a versão da PM. Os policiais envolvidos na ação do caveirão naquele dia, alegam que dispararam para se proteger de traficantes.
O caso esta sendo investigado e o veículo da Polícia foi levado para perícia. Um PM admitiu ter disparado de dentro do carro, no dia em que Marcelo foi morto.