Família fica com corpo de parente em casa por mais de 20 horas e toma medida desesperada

Irmã da mulher tentou SAMU, polícia e IML e não conseguiu atestado de óbito.

O caso aconteceu na zona rural de Miracena, Tocantins, no sábado, dia 16 de abril. A senhora de 54 anos, Deusirene Ferreira de Aquino, faleceu de causas naturais enquanto estava deitada na rede que fica na varanda da casa. De acordo com a irmã, Deusirene estava passando mal na manhã daquele sábado.

Ao notar que a irmã não estava bem, Raimunda Ferreira Aquino acionou o SAMU ainda durante a manhã às 8h30. A ambulância que deveria sair de Palmas, deveria levar cerca de 30 minutos para chegar ao local.

Porém, se passaram mais de 2 horas e a ambulância ainda não havia chegado. Deusirene acabou falecendo na rede onde passava mal. Raimunda acredita que se a ambulância tivesse chegado a tempo o pior não teria acontecido.

Mas, infelizmente, a dor da família estava apenas começando. Com a morte de Deusirene e sem sinal da ambulância que solicitaram, Raimunda entrou em contato com a funerária, porém ela foi avisada que eles só poderiam remover o corpo com um atestado de óbito.

Sem saber o que fazer, eles ligaram para a polícia e foram orientados a procurar a delegacia mais próxima. Raimunda então foi até a cidade mais próxima, Barrolândia, mas chegando lá encontrou a delegacia fechada, pois não havia expediente naquele final de semana.

Foram então ao IML, mas também sem sucesso por não ter indícios de crime.

Já desesperada, Raimunda tomou uma atitude drástica, com a ajuda de dois homens, removeram o corpo de Deusirene, eles enrolaram em uma lona, colocaram na caminhonete e foram até o hospital mais próximo.

Finalmente, na unidade hospitalar, Raimunda conseguiu a documentação necessária. Com o atestado de óbito em mãos, ela retornou para casa ainda com o corpo da irmã enrolado na lona e na carroceria do veículo.

O corpo só foi recolhido pela funerária às 3h da manhã do domingo (17). O SAMU nunca chegou.

Como o corpo ficou muito tempo sem tratamento, o velório durou apenas alguns minutos.

“Para mim foi uma humilhação muito grande. No momento que eu mais precisei, podia estar ao menos velando a minha irmã, eu estava velando ela enrolada em uma lona, dentro do carro enrolada em uma lona”, disse a irmã.

Escrito por

Paulo Machado

Colunista de portal de notícias dedicado a TV e Famosos, Curiosidades, Saúde Natural e Bem-estar, Finanças e Política Brasileira