Tentando atender o pedido do filho, que queria um cachorrinho de estimação, Maribel Sotelo cedeu e comprou um “cachorro”. Numa feira local, a matriarca pagou o equivalente a R$72 por um filhote de cachorro, que o vendedor alegou ser da raça “husky siberiano”.
Nos primeiros meses, tudo foi perfeito. No entanto, Run Run começou a dar demonstrações de que algo estava errado. O “cãozinho” começou a tentar morder tudo e isso levantou a suspeita no marido de Maribel, que sacou logo que o animal era, na verdade, uma raposa.
As coisas pioraram quando Run Run, que é um animal silvestre e não doméstico, fugiu e começou a atacar criações de galinha dos vizinhos. Logo, o caso se tornou um problema de segurança e as autoridades começaram uma missão para tentar capturar o bicho.
A ideia é levá-lo para o zoológico local, onde vai receber todo o atendimento. O caso aconteceu em Lima, no Peru, onde Run Run se tornou um fenômeno. Moradores do bairro já conheciam a raposa, especialmente porque ela começou a deixar corpos de galinhas e porquinhos da índia mortos.
Maribel contou ainda que Run Run continuava voltando na casa onde morou todas as noites, em busca de comida, mas que o animal é inteligente e evitava as porções de comida em que agentes da polícia silvestre colocavam sedativo. Felizmente, Run Run foi capturado depois de alguns dias de esforços. A cena foi compartilhada por Erinson Zegarra, um morador do bairro.
@erinsonzegarra
A história é engraçada, mas mostra a dura realidade de um dos maiores problemas da América do Sul, o tráfico ilegal de animais selvagens. A raposa Run Run, uma raposa-andina, nem sequer é natural do Peru e costuma ser encontrada apenas em partes da Colômbia e Argentina.