Falsamente acusado por roubo, jovem negro é morto por PM que havia esquecido telefone no carro

A polícia espera esclarecer as circunstâncias por trás da morte do jovem Clayton Abel Lima.

A polícia espera esclarecer as circunstâncias por trás da morte do jovem Clayton Abel Lima. O jovem, de 20 anos, que era negro, foi morto a queima-roupa por um policial militar que o acusava de roubo. O Ministério Público, no entanto, espera novos esclarecimentos.

Segundo a investigação descobriu até agora, Clayton acompanhava o Polícia Militar Silvio Neto. Os dois chegaram juntos a um bar, já embriagados, e pediram novas bebidas. Em dado momento, Neto deu por falta do seu telefone e passou a acusar Clayton.

Neto chegou a ir até o balcão do bar, perguntando pelo aparelho, mas o dono do estabelecimento afirmou que não sabia do telefone. Inesperadamente, Neto sacou uma arma e disparou contra Clayton. O dono do bar conseguiu desarmá-lo e acionar as autoridades.

Neto foi preso em flagrante, mas Clayton não resistiu. Os policiais que executaram a prisão do PM fizeram uma busca em seu carro e encontraram o celular, que ele acusava Clayton de ter roubado. No carro, a polícia também achou um comprovante de banco no nome da vítima.

Para o MP, resta esclarecer se a motivação do crime foi mesmo a suspeita de roubo ou se existem outros fatos associados ao crime. O telefone de Clayton agora passa por perícia, para averiguar se existem vídeos ou áudios que possam ajudar na elucidação dos fatos.

Para a família de Clayton, resta a consternação. “Só quero esclarecimento, ninguém fala nada. Chega no IML, eles falam que foi troca de tiro. Meu filho não tinha arma. Era um menino bom”, desabafa a mãe.

Escrito por

Roberta R

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