Ex-patroa alega que não pagava salário à empregada doméstica porque a considerava uma ‘irmã’

Madalena vivia em situação análoga a escravidão.

A história de Madalena Santiago da Silva chamou a atenção e ganhou grande repercussão nos últimos dias, depois de uma entrevista dada por ela à TV Bahia. Madalena vivia em situação análoga a escravidão e foi libertada no ano passado.

Na entrevista, Madalena causou grande comoção ao revelar que tem “medo de pegar na mão de pessoas brancas”, atribuindo o medo as experiências traumáticas que viveu. Madalena era empregada doméstica de Sônia Seixas Leal, mas não tinha acesso a nenhum direito trabalhista e era mantida em situação análoga a escravidão.

No fim do mês de março, Sonia prestou depoimento ao Ministério do Trabalho e, segundo a auditora Liane Durão, a mulher alegou que não pagava salário à Madalena porque a considerava como uma irmã.

O caso gerou grande revolta após uma reportagem feita pela TV Bahia, que mostrou o desabafo de Madalena, que chorou ao revelar ter medo de dar as mãos à repórter. No vídeo, a repórter Adriana Oliveira, também emocionada pela situação, tenta confortar a entrevistada.

Madalena tinha apenas 8 anos quando começou a trabalhar na casa de Sônia. A filha dos patrões, identificada como Cristiane Seixas Leal, teria contraído dívidas no nome de Madalena, além de se apropriar de R$20 mil em valores da aposentadoria da idosa.

Hoje com 62 anos, Madalena recebe apoio psicológico e um salário mínimo, como parte da ação cautelar do MPT. A expectativa agora é que a Justiça condene sua ex-patroa a arcar com valores indenizatórios.

Escrito por

Roberta R

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