O Ministério Público do Rio entregou ontem (3) a denúncia contra Flávio Bolsonaro ao desembargador responsável pelo caso no Tribunal de Justiça. No entanto, a decisão foi tomada em 19 de outubro, quando a denúncia foi ajuizada.
Agora, segundo publicações de grandes jornais brasileiros, novos detalhes das investigações estão sendo expostos. O depoimento de Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio Bolsonaro, por exemplo, é apontado como de grande importância para o MP.
Em depoimento, ela confessou nunca ter trabalhado para o gabinete de Flávio, mas ter recebido salários e ter sido orientada a devolver mais de 90% deles. Luiza apresentou extratos bancários para provar os repasses feitos a Fabrício Queiroz.
Os valores, supostamente repassados entre os anos de 2011 a 2017, somam cerca de R$ 160 mil. De acordo com o depoimento, a quantia era entregues a Fabrício Queiroz. O depoimento ao Ministério Público foi concedido em setembro, antes dela nenhum outro assessor admitiu os repasses.
Luiza afirma que recebeu, ao longo do período em que esteve associada a Flávio, salários entre R$ 4.966,45 e R$ 5.264,44, mas afirma ter ficado apenas com R$ 700. Os valores pagos de férias, 13º salário, vale alimentação e restituição de imposto de renda, de acordo com o depoimento dela também eram repassados.
A ex-assessora afirmou ainda ter conhecido outras pessoas que não trabalhavam para o gabinete de Flávio Bolsonaro, mas recebiam salários e devolviam os valores. De acordo com O Globo, ela firmou acordo para devolver o dinheiro que embolsou, desde 2011, mesmo sem trabalhar.