Estudante picado por naja no DF sai do coma; polícia investiga envolvimento dele com tráfico de animais e já apreendeu 16 espécies exóticas

O caso esta sendo investigado pela 14º Delegacia da Polícia Civil e pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal. Pedro Henrique acordou mas o estado ainda é considerado grave.

A família de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul está enfrentando dias complicados desde que o rapaz foi picado por uma cobra naja. O rapaz, de 22 anos, é estudante de veterinária e costumava publicar fotos com animais exóticos nas redes sociais.

Depois que a notícia do acidente ganhou as manchetes nacionais, a família de Lehmkul excluiu suas fotos da internet. A polícia cobrou cooperação da família e dos amigos do estudante para localizar a cobra que havia picado o jovem. O caso agora pode se tornar mais sério.

Pedro Henrique recebeu uma dose de soro antiofídico direto do Instituto Butantan, enquanto a família encomendou outras doses dos Estados Unidos por segurança. O estudante havia sido colocado em coma, mas já está lúcido e segue na UTI. Alguns canais de notícia afirmam que ele precisou de hemodiálise e, embora tenha acordado do coma, o caso ainda é grave.

O caso está sendo investigado pela 14º Delegacia da Polícia Civil e pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal. Até o momento já foram apreendidas 16 cobras exóticas, que estavam em situação ilegal no Gama, DF.

De acordo com apurações dos investigadores, Pedro Henrique e outros estudantes de veterinária de classe média alta, integram um grupo de alunos que se interessa por pesquisa de animais exóticos e, por isso, promovia o tráfico dos animais para o Brasil.

Foi confirmado que Pedro criava esses animais, inclusive a naja que o picou, dentro de casa. As cobras foram encontradas em uma fazenda, na baía dos cavalos, dentro de caixas. O caseiro da casa confirmou a polícia que amigos do jovem esconderam as cobras no dia anterior.

A polícia informou que ainda existem outras suspeitas em relação ao caso, inclusive uma suspeita de possível maus-tratos contra os animais. Ainda é possível que existam mais cobras sendo escondidas pelos amigos do estudante.

O Ibama confirmou que Pedro Henrique receberá multa, que pode variar de R$500 a R$5 mil. A naja apreendida levanta a suspeita de que os animais tenham nascido em cativeiro, já que o animal apresentava coloração diferente da de sua espécie.

Escrito por

Roberta R

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