‘Era a coisa certa a se fazer’, diz manifestante negro que socorreu suposto supremacista branco em meio a briga em Londres

À agência Reuters, ele afirma que socorreu o homem porque ‘era o certo a se fazer’. Hutchinson é treinador físico e também é especialista em artes marciais.

Há cerca de 10 dias, uma imagem acabou ganhando destaque nos principais noticiários do mundo. A cena registrada por fotógrafos locais, mostra um homem negro carregando um homem branco nas costas. Mas o que realmente chama a atenção é o contexto da cena.

Patrick Hutchinson participava de um protesto antirracista em Londres, quando uma briga entre manifestantes supremacistas brancos e os representantes do antirracismo começou. Hutchinson observou um homem ferido e prestou socorro, sem pensar duas vezes.

O que chama a atenção é que o homem em questão estava, supostamente, no grupo supremacista, que é declaradamente racista. Patrick não se importou com a origem do homem ou o que ele estava fazendo ali, apenas o pegou e retirou do meio da confusão.

Assim como em muitos países do mundo, o Reino Unido viu uma onda de protestos antirracistas acontecer depois do caso de George Floyd, que estourou uma onda nos Estados Unidos que se espalhou pelo mundo. Patrick defende que é preciso uma mudança de narrativa.

À agência Reuters, ele afirma que socorreu o homem porque “era o certo a se fazer”. Hutchinson é treinador físico e também é especialista em artes marciais. Ele acredita que é importante que os protestos continuem acontecendo, mas defende que sejam pacíficos.

Patrick defende que é necessário alcançar a “igualdade verdadeira”, mas que a violência não é necessária. O homem socorrido por Patrick estava sendo agredido por manifestantes antirracistas, em meio a gritos de que ele seria um supremacista.

Patrick interviu para garantir que o homem seria retirado do meio da confusão. Não houve confirmação se de fato se tratava de um integrante do grupo de supremacistas. O homem não foi identificado posteriormente.

Hutchinson conta que agiu porque a vida estava sendo ameaçada. Ele conta que outras pessoas estavam tentando interromper as agressões, mas não conseguiam. Ele contou com a ajuda dos amigos para formar um cerco de proteção. Então, ele carregou o homem na direção dos policiais para tirá-lo do meio da confusão.

Patrick rejeita o título de herói. Ele defende que os amigos que o ajudaram merecem os mesmos créditos. Sobre sua ação, o personal trainer fez uma análise sobre o caso George Floyd e defendeu que se os outros policiais tivessem feito algo, Floyd ainda estaria vivo.

Escrito por

Roberta R

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