Com viagem marcada para os Estados Unidos, Bolsonaro realizou hoje uma Live de despedida. O presidente, que vinha se mantendo mais recluso nas últimas semanas pós segundo turno, finalmente falou com a população.
Em um dos trechos da transmissão, ao contrário do que vinha fazendo até aqui, Bolsonaro foi mais firme em condenar a ação de seus apoiadores. Neste mês de dezembro, a polícia do Distrito Federal tem tido trabalho com ameaças terroristas.
Para Bolsonaro, “nada justifica” a ação de seus apoiadores. O presidente, por outro lado, tentou se descolar dos acusados de envolvimento, por exemplo, de ter plantado uma bomba no aeroporto do DF.
“Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista ali na região do aeroporto. Nada justifica. O elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com um cidadão. Massifica, em cima do cara, como ‘bolsonarista’ o tempo todo“, declarou.
Na realidade, ao contrário do que declarou o presidente, quem se associou ao bolsonarismo foi o próprio George Washignton de Oliveira Sousa, de 54 anos, que confessou ter plantado a bomba no local e afirmou que queria “dar início ao caos”.
George, segundo a polícia, esteve no QG do Exército e também no atentado do dia 12. O acusado também se correspondeu com outros bolsonaristas, inclusive do acampamento do QG, para organizar o atentado.
Felizmente, a bomba não explodiu e as autoridades foram capazes de desativá-la de forma bem-sucedida. No entanto, outras suspeitas de explosivo se multiplicaram no Distrito Federal – além de suspeitas de organizações criminosas.