Eleito governador de São Paulo, Tarcísio não pretende gerir a partir de uma “guerra ideológica”. Pelo menos é isso que declarou em recente entrevista, ao falar sobre a identificação com o presidente Jair Bolsonaro e o “bolsonarismo”.
Tarcísio se elegeu com um grande apoio da plataforma do presidente Bolsonaro, mas alega que sua identificação com o presidente seja mais no aspecto financeiro e também seu desejo por pacificar sua gestão.
O governador eleito de São Paulo classificou como “erro” a tensão criada pelo governo Bolsonaro contra os Poderes (o Brasil se divide em três poderes: executivo, legislativo e judiciário). Para o governador eleito, é importante pacificar o país.
Ainda segundo Tarcísio, ele tem se encontrado com o presidente Bolsonaro, a quem se disse grato. O governador eleito afirmou que recomendou ao presidente que saia do “casulo” para ser uma voz de liderança.
Por outro lado, Tarcício também afirmou não ser um ‘bolsonarista raíz’. “Comungo das ideias econômicas principalmente desse governo Bolsonaro. A valorização da livre iniciativa, os estímulos ao empreendedorismo, a busca do capital privado, a visão liberal. Sou cristão, contra aborto, contra liberação de drogas, mas não vou entrar em guerra ideológica e cultural”, afirmou.
Logo após o resultado das urnas, Tarcísio já havia dado a entender que não adotaria uma postura de confronto contra o Judiciário ou ao governo federal, que terá Lula como presidente. Ele inclusive foi um dos que reconheceu a lisura das urnas.
Na mesma entrevista, Tarcísio também rebateu as críticas que recebe e apontou que muitas vezes é criticado pelos próprios bolsonaristas.