Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre, o MBL, foram presos em São Paulo na manhã de hoje (10). Os empresários são investigados por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro. Investigação apura a movimentação de R$400 milhões.
A investigação do MP aponta Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso como principais envolvidos no esquema. O MBL nega que os empresários façam parte do grupo ou que tenham qualquer envolvimento.
A nota, no entanto, não explica porque a sede do MBL, na Zona Sul de São Paulo, foi alvo de mandado de busca e apreensão pela investigação contra os empresários. O cumprimento dos mandados mobilizou 35 agentes da Polícia Civil e 16 viaturas.
De acordo com o Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos, os dois empresários são integrantes do MBL, conforme informa o UOL. No entanto, o GEDEC destaca que o crime investigado é de aspecto econômico, não político.
Quem confirmou que a sede do grupo havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão foi o próprio Kim Kataguiri (DEM-SP), que negou que os empresários sejam integrantes do grupo. Kataguiri é um dos fundadores do MBL.
GRUPO ALVO DE POLÊMICAS E CRÍTICAS
Kataguiri se viu sendo alvo de ataques nas redes sociais depois que retirou seu apoio ao presidente Bolsonaro. Embora negue que tenha feito campanha pelo presidente, sua atuação antiPT e pró-liberalismo foi suficiente para que esse rótulo se afincasse.
O “problema” é que desde que retirou o apoio, o MBL vem sendo alvo de críticas, especialmente por ter adotado uma postura combativa ao atual presidente. Kataguiri canaliza boa parte da atenção destinada ao grupo.
O MBL é um movimento político que se popularizou a partir de 2013. Seus principais representantes são Kim Kataguiri e Fernando Holiday, que conseguiram se eleger. O grupo já foi alvo de diversas polêmicas ao longo dos anos.