‘Desistir não é opção’: pai solo percorre 28 km de bicicleta toda semana para buscar exercícios escolares dos filhos na pandemia

Edemilson conta que foi deixado pela esposa, mãe dos três filhos, há cerca de 9 anos. De lá para cá, tem se esforçado na criação das crianças.

A pandemia do novo coronavírus tornou ainda mais evidente o abismo social que existe no Brasil. Enquanto em algumas casas, as famílias conseguem obter acesso a internet e tem facilidade para se movimentar pelas ruas, o mesmo não se pode dizer de outras.

A história de Edemilson Wielgosz é mais um exemplo. Ele é roçador, tem três filhos e, desde o começo da pandemia, precisou encontrar meios alternativos de garantir a educação dos adolescentes.

Edemilson conta que foi deixado pela esposa, mãe dos três irmãos, há cerca de 9 anos. De lá para cá, tem se esforçado na criação das crianças. Ele trabalha em uma pousada mas está há 3 meses sem salário por conta da crise da Covid-19.

A família vive em uma região rural do Paraná, em uma casa simples de madeira, onde o sinal de internet e telefonia não chega. A escola frequentada pelos adolescentes fica em outro estado, em Santa Catarina e o pai percorre esse trajeto de bicicleta toda semana.

O pai, de 47 anos, fala orgulhoso dos sonhos dos filhos, que querem ser policial, caminhoneiro e professora quando adultos. Para garantir oportunidades a eles, Edemilson não mede esforços.

O roçador estudou apenas até a 4º série e quer ver seus filhos formados para terem chances de garantir um futuro melhor. Apesar de gostar da região onde mora, ele sabe que muitas coisas estão mais difíceis pela falta de acesso e sonha que os adolescentes tenham condições melhores no futuro.

Escrito por

Roberta R

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