Giovanna Marques, de 23 anos, é uma das milhares de profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate a pandemia da Covid-19.
Apesar da pouca idade, em pouco mais de um ano de enfrentamento contra o novo coronavírus, Giovanna já viu coisas que nunca imaginou que testemunharia antes da pandemia.
A profissional de saúde, trabalha na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para Covid-19 em dois hospitais de São Paulo, Giovanna conta que os colegas estão exaustos e que por muitas vezes se desesperam com o caos provocado no sistema de saúde colapsado.
A enfermeira relata que são plantões intensos, mas que todos fazem o melhor para cada paciente. Giovanna contou que é muito triste conversar com um paciente que está otimista a respeito de sua recuperação e que ao chegar no próximo plantão ele já está intubado e em estado grave.
Para a jovem enfermeira as pessoas continuam minimizando o perigo e a letalidade da pandemia, a cada dia chegam pacientes mais novos, sem comorbidades e mesmo assim estão mais graves, para ela esta segunda onde é mais mortal.
Giovanna contou que o momento que mais lhe marcou foi a morte da avó em maio do ano passado, Maria foi internada, poucas horas depois intubada e após 14 dias foi à óbito. A avó morreu durante seu plantão e ela confessou que a sensação de impotência por não ter conseguido ajudar uma pessoa tão amada lhe persegue desde então.
É revoltante ver a população se negando a cumprir as medidas de isolamento, enquanto você está disposto a dar a própria vida para salvar o próximo, afirmou Giovanna.
