Um fato, no mínimo, curioso ganhou grande repercussão na mídia brasileira nesta segunda-feira (11). De acordo com dados compilados pelo deputado Elias Vaz, encontrados no portal da transparência, as Forças Armadas brasileiras ganharam liberação para a compra de 35 mil comprimidos de viagra.
O caso veio à tona porque o deputado cobrou do Ministério Público uma apuração, para investigar o porquê do dinheiro ter sido investido na compra do medicamento – que é indicado para impotência sexual.
De acordo com os dados, oito processos foram iniciados desde 2020 e para a compra de Sildenafila, nome genérico do medicamento. Os comprimidos são de 25mg e 50mg e foram distribuídos à Marinha (28.320), Exército (5 mil) e Aeronáutica (2 mil).
Apesar de ser indicado em caso de impotência sexual, o medicamento também é usado em outros casos. Um uso conhecido, por exemplo é o controle da hipertensão arterial pulmonar. No entanto, a liberação da compra não especifica o uso.
“Precisamos entender por que o governo [Jair] Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra, e nessa quantidade tão alta“, declarou o deputado Vaz, em nota.
Com a repercussão do assunto, quem também se manifestou foi o deputado Marcelo Freixo. O pré-candidato ao governo do Rio declarou que vai acionar o MPF para que a compra dos comprimidos seja apurada.
Em nota, a Marinha afirmou que os comprimidos foram comprados para o uso em pacientes com hipertensão arterial pulmonar.
