Enfermeira e mãe solteira, Jennifer McLeggan procurou ajuda para denunciar o que acredita ser intimidação racial. Ela afirma que vem sendo assediada por vizinhos desde que comprou sua casa em Valley Stream, Long Island, Estados Unidos.
Para pedir ajuda, ela escreveu uma imensa carta e colou na porta da frente da residência. O caso acabou viralizando no Twitter, onde ela compartilhou fotos do pedido de ajuda. Em seu relato, ela afirma que teria ouvido de seus vizinhos que ela “poderia ser apagada”.
Ela afirma que os vizinhos têm colocado fezes humanas e animais mortos em sua propriedade. Além disso, Jennifer afirma que foi mandada “voltar para o lugar de onde veio”, por um dos homens. Ela conta ainda que tem tudo gravado e acusa a polícia de negligência.
No texto, ela diz que os policiais informaram que não poderiam prender ninguém a menos que houvesse uma ameaça, dano. “Eu vivo com medo dentro de casa”, ela escreveu. “Vocês ouvirão orações de dentro da minha residência, peço desculpas pelo barulho”, escreveu.
Pelo Twitter, a publicação acabou provocando uma onda de mobilizações. Pessoas da localidade têm se organizado para realizar vigílias na frente da casa de Jennifer e também manifestações cobrando ações da polícia em relação aos vizinhos.
A mobilização foi suficiente para fazer com que o departamento de polícia de Valley Stream oferecesse vigilância à McLeggan. Agora, ela pode contar com a circulação de viaturas em várias horas do dia e da noite pela rua onde mora.
Apesar da ação da polícia, manifestantes ainda estão organizando protestos. Para os organizadores, os vizinhos precisam ser responsabilizados por seus atos e, para eles, não há dúvidas de que as ações foram motivadas por racismo.
Para o jornal local, McLeggan explicou que comprou a casa enquanto estava grávida e tem gasto bastante tempo e dinheiro para recuperar a propriedade, que estava em mau estado de conservação. Ela afirma que começou a perceber a hostilidade pela quantidade de coco de cachorro.
“Eu faço o que posso para limpar tudo, mas sempre tinham fezes de cachorro”, explicou. Isso a levou a instalar câmeras de segurança, que acabaram fazendo as revelações chocantes. Agora, ela tem a polícia investigando o caso e o apoio da comunidade.