“Profissional ideal”, é como Vitor Kaguimoto vai se lembrar da atuação da mãe como enfermeira. Ele fala com orgulho da mãe, apesar de ter que lidar com a dor de tê-la perdido. Clelia Akiko Tada morreu, por complicações da covid-19, aos 58 anos de idade.
Tada sempre trabalhou com saúde, mas 30 anos atuou como auxiliar de enfermagem. Já depois dos 40 anos, ela decidiu que era a hora de dar mais um passo na vida profissional e se dedicou a uma faculdade de enfermagem, se formando aos 48 anos.
“Melhor aluna da faculdade”, se lembra Vitor. Ele destaca ainda que a mãe realizava projetos em alguns bairros e se envolvia com a comunidade.
Pelos últimos 10 anos, Clelia se dedicou a profissão que tanto amava e, com a chegada da pandemia, também não abriu mão de continuar trabalhando, mesmo diabética. Infelizmente, acabou contraindo a doença.
A enfermeira começou a passar mal em novembro, quando sentiu fortes dores no peito e procurou o hospital. Um teste confirmou o diagnóstico e, depois de alguns dias, ela acabou sendo internada na UTI contra a covid-19.
Ela chegou a se recuperar e testar negativo para a doença, sendo transferida para a UTI normal, mas as complicações do vírus foram implacáveis. Clelia teve uma infecção grave, que se espalhou e afetou seus rins.
A enfermeira não resistiu e faleceu, deixando para trás o filho que é puro orgulho dela. “Ela lutou demais”, afirma Vitor.