Um caso revoltante acabou sendo revelado depois que uma mulher conseguiu pedir socorro através do filho. Ela acusa o marido de fazê-la refém e ameaçá-la. A mulher desabafou para o filho e pediu socorro depois de 8 anos vivendo nessas circunstâncias.
A polícia chegou até a casa depois que um advogado apresentou uma carta na delegacia. Muitas informações estão sendo preservadas para manter a segurança e privacidade da vítima, mas a delegada responsável pelo caso, Mônica Areal, confirmou o ocorrido.
De acordo com a carta, a mulher chegou a procurar a polícia em 2019, mas não conseguiu receber socorro. Naquela ocasião, ela pediu ajuda pelo telefone, mas foi informada de que precisaria comparecer a uma delegacia. “Não deu em nada”, a vítima confessou.
Na carta, a mulher ainda revelou alguns detalhes sobre o caso e explicou que vinha sendo coagida e torturada há 8 anos. O homem, identificado como Henrique, é acusado de espancá-la, torturá-la psicologicamente e mantê-la prisioneira em casa.
A delegada do caso revelou detalhes da abordagem policial. Depois de receber a denúncia, agentes compareceram ao endereço apontado e começaram a conversar com Henrique. A princípio, ele relutou em permitir que os policiais entrassem na residência.
Por fim, ele acabou concordando e, uma vez dentro de casa, a polícia encontrou a mulher “encolhida num canto”. Ainda de acordo com a delegada, a mulher se recusou a falar na presença do marido porque ele precisava “dar permissão”.
A situação só mudou depois que a polícia deu voz de prisão contra o homem. Depois que Henrique, 49 anos, já estava dentro da viatura, a mulher começou a falar e explicar a tortura que viveu nos últimos anos ao lado dele.
Areal confirma que a mulher tentou fugir do marido algumas vezes, mas sempre acabava sendo pega novamente e sofrendo uma surra. O homem foi preso em flagrante por cárcere privado, mas a polícia ainda vai investigar as denúncias por tortura e lesão corporal.
Henrique não falou nada em própria defesa e se manteve calado. Ele ainda não tem advogado. O caso aconteceu em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro.