O mundo já registra mais de 5 mil mortes associadas ao novo corona vírus e a pandemia ainda não da sinais de enfraquecimento. Apenas a China, primeiro epicentro da crise, teve um caso pior do que o que enfrenta o país europeu. A China, no entanto, já começa a dar sinais de recuperação e agora envia ajuda humanitária para fora do país, especialmente a Itália.
A Itália hoje registra mais de 25 mil casos e 1809 mortes. Os números inesperados já causam uma crise de natureza muito grave. Com os leitos das UTIs lotados, médicos de todo o país estão começando a precisar escolher entre as pessoas que chegam ao hospital. A decisão é simples, porém cruel: quem tem mais chance de sobreviver recebe auxílio.
O problema é tão grave que foi capaz de sufocar o sistema de saúde do país. Quem chega ao hospital por acidentes ou mal-súbito, até mesmo infarto, não recebe atendimento. O país não tem mais leitos vazios, não tem mais espaços nos hospitais.
A orientação aos medicos é oficialmente apontada me um documento publicado pelo SIAARTI (sigla italiana que representa a Sociedade Italiana de Anestesia, Analgesia, Reanimação e Terapia Intensiva). Em trecho do documento, fala-se da necessidade de tomar decisões “dilacerantes” em determinados momentos, mas sempre com o objetivo de “privilegiar a maior esperança de vida”.
O país ainda passa por um outra crise, com as mesmas origens: médicos da família estão sendo contaminados pelo vírus. Pelo menos 50 médicos foram contaminados no interior, 3 morreram – segundo o “La Reppublica”.
O principal problema no país é a falta de estrutura, faltam leitos e aparelhos de respiração. Enquanto o número de infectados aumenta, o governo não consegue reagir com a compra desses aparelhos. A falta de estrutrura obriga os médicos a enfrentarem essa situação.
A exemplo do que aconteceu na China, a Italia também esta habilitando um hospital de emergencia que vai oferecer 500 novos leitos ao país. A expectativa é que a medida consiga desafogar um pouco o sistema de saúde do país. A Itália sofre mais na região norte.
As medidas, apesar de cada vez mais radicais, ainda deverão levar pelo menos 2 semanas para começar a oferecer resultados. Nas últimas 24 horas, o país registrou um recorde no registro de casos do novo corona vírus: foram 368 casos fatais e 3509 novos casos.