Um caso sensível e completamente triste aconteceu no Acre, mas vem tomando repercussão nacional. Patydan Castro, de 34 anos, morreu depois de contrair o coronavírus durante a gravidez. Os médicos fizeram tudo que podiam, mas não foi suficiente.
Raimundo Castro, marido de Patydan, falou abalado sobre a perda e revelou que não sabia como contaria para a filha do casal, uma menina de 4 anos. Apegada a mãe, a criança já sonhava com a chegada do irmãozinho, que também não resistiu.
Patydan estava internada há dias, mas no último dia 15 os médicos decidiram pela indução do parto. A avaliação dos profissionais era de que Patydan não tinha forças para sustentar a si e ao bebê ao mesmo tempo. Sendo assim, o parto era uma questão de vida ou morte.
Raimundo, que também é médico, revelou que a esposa venceu a luta contra a covid-19, mas morreu em decorrência de uma infecção hospitalar. Segundo exame do dia 19, Patydan estava curada da doença e, por isso, foi transferida da UTI Covid para a UTI “normal”.
Não se sabe em que momento específico ela contraiu a nova infecção, mas a causa da morte foi uma pneumonia hospitalar. Raimundo confirma que ela seguia na UTI para tratar de uma pneumonia e também de um quadro de trombose.
Patydan lutou por 18 dias, mas não resistiu. O bebê nasceu com vida, no último dia 15, mas pouco tempo depois sofreu uma parada cardíaca. Os médicos foram capazes de reanimá-lo, mas ele não resistiu. O bebê era prematuro e tinha apenas 6 meses de gestação.
Ela era estudante de psicologia e já tinha manifestado medo de contrair a doença. Raimundo confirmou que a família redobrou os cuidados, muito por conta da sua profissão. Médico, ele integra o grupo de risco e estava se expondo diariamente a doença.
Raimundo conta que ele já nem voltava mais para a casa e estava ficando em um hotel, para reduzir os riscos de infecção. Ele acredita que Patydan contraiu a doença de uma secretária que trabalhava na casa da família.