Representantes do Conselho Tutelar de Pernambuco comentaram o caso da menina, de apenas 10 anos, que teve a gravidez, fruto de abuso, interrompida. O órgão pretende entrar com representação ao Ministério Público contra grupos que divulgaram dados da criança.
De acordo com informações oficiais, a criança passou pelo procedimento de interrupção da gravidez e passa bem. André Torres, um dos representantes do Órgão, explica que o desafio é apoiar psicologicamente a criança, porque fisicamente ela ficará bem.
O conselheiro também deixou claro que o Órgão pretende cobrar ações do Ministério Público para punir as pessoas responsáveis pelo vazamento dos dados pessoais da criança. Um grupo chegou a se posicionar em frente ao Hospital para impedir o aborto.
A menina saiu do Espírito Santo, acompanhada da avó, para realizar o procedimento em Pernambuco. O aborto é crime no Brasil, mas não em caso de abuso. Além disso, pela idade da criança, a gestação oferecia risco a sua saúde.
André Torres também esclareceu que os integrantes do grupo que realizou manifestação em frente ao Hospital também devem ser investigados. Também existe uma investigação para descobrir quem vazou essas informações primeiro.
A divulgação de dados pessoais de crianças e adolescentes é crime. A menina está internada em um Hospital de Pernambuco, acompanhada da avó e também de uma representante do Conselho Tutelar do Espírito Santo.
A expectativa do hospital é que a menina receba alta nos próximos dias.