Ângela Oliveira é mais uma de tantos milhares de brasileiros que se viu em meio ao desemprego por conta da pandemia de coronavírus. Demitida e com filhos para criar, ela não conseguiu ser aprovada para o auxílio emergencial do governo e o desespero chegou.
Como forma de driblar a falta de dinheiro, ela começou a trabalhar com confeitaria, de forma artesanal, de casa mesmo. A iniciativa estava dando certo, mas um dia a mulher acabou sendo humilhada por uma cliente depois de cobrar R$ 2 como taxa de entrega.
A cliente se interessou por um bolo de pote, que custa R$ 6, mas se surpreendeu com a taxa de entrega cobrada pelo trabalho do motoboy. “Tá louca?”, questionou. Ângela ainda explica que precisa pagar pelo trabalho do entregador, mas agradece e encerra a conversa.
Insatisfeita, a cliente ainda dispara novas mensagens desagradáveis. A confeiteira decidiu divulgar a conversa nas redes sociais e desabafar sobre o tipo de interação que teve com a cliente.
Ângela foi procurada pela reportagem do G1 e explica que está há poucos meses na cidade de Marília, antes morava em Sorocaba. A decisão de mudar de cidade se deu por um relacionamento abusivo no qual ela estava antes, de acordo com ela.
O projeto dos bolos começou de uma ideia depois de assistir videos no Youtube, mas foi num momento de desespero, para pagar as contas. Nas redes sociais, o desabafo viralizou e muitas pessoas mandaram mensagens de apoio.
Uma vaquinha online foi criada para apoiar Ângela e seus dois filhos e já ultrapassa a marca de R$ 40 mil em doações.