Circulam nas redes sociais vídeos e imagens que mostram anúncios de “osso de primeira” em Fortaleza. O caso viralizou como um “reflexo da fome” no Brasil e os efeitos da crise econômica no país.
Esta não é a primeira vez que imagens do tipo viralizam. Há poucos meses, imagens de pessoas fazendo fila em Cuiabá, no Mato Grosso, para pegar osso em açougue viralizaram; o estabelecimento vinha doando o chamado “ossinho”, que são ossos com raspas de carne e que são usados para engrossar caldos.
Outra imagem que também viralizou, que remete ao mesmo assunto, também filmada em Fortaleza, mostra pessoas revirando a caçamba de um caminhão de lixo, em busca de comida. A imagem viralizou há duas semanas.
Também nas últimas horas, um vídeo filmado em Brasília passou a circular e ganhar repercussão. Nas imagens, um homem aparece andando entre prédios de um condomínio e grita “É fome”, enquanto pede por doações.
O aumento da crise leva a fome, que por sua vez muda o comportamento da população. Quem não pode comprar carne, busca por ossos para engrossar o caldo e o aumento da busca tem levado açougues a vender o produto, não mais doá-lo.
Em Fortaleza, dependendo do bairro, o consumidor se depara com preços que flutuam entre R$2,50 à R$24,99. Para evitar o nome de “osso”, muitos açougues anunciam o produto como “cozidão”. A busca por ossos tem aumentado em função do preço da carne vermelha.