A última quarta-feira (23) foi agitada na política do Rio de Janeiro, isto porque o atual governador do Estado, Wilson Witzel, pode se tornar o primeiro ocupante do cargo a sofrer impeachment. O processo agora está com a Justiça.
O processo precisava passar pela Alerj antes de chegar ao TJ-RJ e acabou aprovado por todos os 69 deputados. Witzel falou por cerca de 1h antes da votação e se defendeu, “a responsabilidade não é só minha”, afirmou.
Witzel é investigado por supostas irregularidades em contratos na área da saúde durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com investigações, o atual governador se fez valer da pandemia para manipular contratos.
Witzel já estava afastado do cargo desde o dia 28 de agosto, por decisão do Supremo Tribunal Federal. O afastamento, de 180 dias, foi definido pelo ministro Benedito Gonçalves, após denúncia da Procuradoria Geral da União contra o governador.
Depois, a decisão do ministro Gonçalves foi endossada por votação de 14 contra 1, pela Corte Especial do Supremo. Na ocasião, os ministros destacaram que as acusações contra o governador são graves e incluem o pagamento de altas quantias em dinheiro vivo.
Na Alerj, Wilson teve a oportunidade de se defender das acusações em discurso. Contra ele, os discursos na Assembleia Legislativa do Rio também foram duros e incisivos. Wilson alegou que a sua situação se deve ao “enfraquecimento das democracias”, e citou também Jesus Cristo e Tiradentes.