Em muitas espécies de animais, a gravidez de vários filhotes de pais diferentes é até comum. Esse tipo de fenômeno pode ser observado em cães, por exemplo. Em seres humanos, por outro lado, a cosia muda de figura.
Para a literatura médica, gêmeos bivetelinos são considerados comuns. Nestes casos, os gêmeos nascem sem semelhança física, são os chamados gêmeos não idênticos. Já no caso dos gêmeos idênticos, são chamados univitelinos.
Já no caso revelado pela Universidade Nacional da Colômbia, os bebês foram gerados pela mesma mãe, mas com pais diferentes. O caso foi descoberto em 2018, depois que um teste de DNA revelou uma incompatibilidade entre o pai de um dos bebês e a outra criança.
O resultado mostrou que o homem era pai de um dos gêmeos, mas não do outro. O caso intrigou médicos, que começaram a investigar e descobriram que de fato se tratava de um fenômeno raro, conhecido como superfecundação heteroparental.
Neste caso, a mãe em questão liberou dois óvulos durante a menstruação e esses dois óvulos foram fecundados em momentos diferentes. Ela teve relação com dois homens durante o período fértil e acabou engravidando de ambos.
A descoberta foi publicada em uma revista especializada e chamou a atenção. Por questões éticas, a identidade dos envolvidos foi mantida em segredo, mas o caso tem gerado grande interesse e curiosidade. A equipe de cientistas reforçou a recomendação de testes de DNA em casos de bebês bivitelinos.