Em decisão assinada pelo juiz Edmilson Cruz Júnior, a Justiça de Pernambuco negou o pedido de prisão preventiva contra Sari Corte Real. Ela recorre em liberdade após ter sido condenada a 8 anos e 6 meses pela morte do menino Miguel.
Sari foi condenada por abandono de incapaz com resultado em morte, depois de deixar que o menino, filho de sua então empregada doméstica, vagasse pelo prédio onde ela morava sozinho. As investigações apontaram que Miguel procurava pela mãe que, em horário de trabalho, passeava com os cães de Sari.
Miguel caiu do 9° andar do prédio onde Sari morava. O caso teve grande repercussão e foi alvo de muita revolta. A morte do menino aconteceu em 2020, mas o julgamento só aconteceu em maio deste ano.
Na decisão, a Justiça autorizou que a mulher recorresse em liberdade. Por conta disso, Sari segue livre. A defesa da família de Miguel, no entanto, entrou com pedido de prisão preventiva ou recolhimento do passaporte de Sari, alegando que ela havia descumprido as medidas.
Para os advogados que representam a família do menino, a liberdade da mulher gera “um risco para continuidade do processo, após a condenação, já que ela e os dois filhos têm passaportes brasileiro e português”. O medo é de que Sari consiga fugir do Brasil e, consequentemente, ficar impune.
A defesa de Sari Corte se manifestou concordando com a decisão da Justiça e criticando o pedido feito pelos advogados da família.