A averiguação da Polícia Civil sobre o caso de tráfico de animais está ganhando novas descobertas. As investigações conseguiram esclarecer como era feita a “lavagem de animais”, ou seja, como a documento era burlada para permitir o transporte dos animais.
De acordo com informações confirmadas pelo delegado Willian Ricardo, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) era o local onde um esquema fraudava os documentos dos animais traficados ilegalmente. Pelo menos uma funcionária foi identificada.
Os animais chegavam ilegalmente ao país e passavam pelo Cetas, que é um órgão ligado ao Ibama, onde eles eram regularizados através da emissão de documentos falsos. Isso significa que funcionários da instituição eram cúmplices no esquema.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Adriana Mascarenhas era a funcionária responsável por facilitar a entrada dos animais na capital. No entanto, por ser servidora federal, ela precisa ser investigada pela Polícia Federal e, por isso, ainda não foi indiciada.
Ao todo, foram 11 pessoas indiciadas até o momento. A polícia teve acesso a mensagens trocadas por Pedro Henrique Krambeck e conseguiu identificar mais envolvidos no esquema. Pelas mensagens, houve a confirmação de que Pedro tinha intenção de reproduzir as cobras em cativeiro.
O caso veio à tona quando Pedro Henrique, estudante de medicina veterinária, foi picado por uma cobra naja que mantinha em cativeiro. A cobra não tinha documentação para estar no Brasil e o caso se tornou uma investigação.