A Sociedade Brasileira de Paleontologia tem chamado a atenção para um problema de ordem internacional com um museu alemão. A Instituição está na Alemanha, mas a SBP denuncia que o fóssil foi contrabandeado do Brasil, de forma ilegal.
Num primeiro momento, o Staatliches Museum für Naturkunde Karlsruhe (SMNK) chegou a afirmar que colaboraria para a devolução do fóssil. No entanto, depois da nova onda da covid, em 2021, o Museu mudou o tom e afirmou que a peça faria parte “legalmente” do acervo do Museu.
A situação é dramática e já tem atraído atenção de vários órgãos. A plataforma Cretaceous Research, uma das principais nesta área, retirou do ar uma pesquisa publicada por pesquisadores do SMNK, em reposta a polêmica.
A Sociedade Brasileira de Paleontologia busca parcerias internacionais para denunciar a situação e também pressionar pela devolução do fóssil. Outra preocupação da instituição é que a situação se torne um precedente para que outros museus alemães se recusem a devolver fósseis brasileiros.
Acontece que existem outras peças de origem brasileira espalhadas pelo mundo e a maioria foi exportada de forma ilegal ou irregular. Com isso, o Brasil tem tentado há anos a devolução dessas peças aos museus do país.
O fóssil foi batizado de Ubirajara jubatus e, segundo as análises científicas, teria vivido há cerca de 110 a 115 milhões de anos. O fóssil foi encontrado em Nova Olinda e Santana do Cariri, na Formação Crato.
