Depois de negar em diversas ocasiões a intenção do governo em retomar os pagamentos do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro mudou o discurso e passou a admitir o retorno do benefício, mas ainda prega a falta de dinheiro.
O presidente continua afirmando que o país não tem dinheiro para arcar com o pagamento do auxílio e destaca que a volta do benefício será possível apenas através do endividamento público. “Não há dinheiro no cofre”, afirmou.
O governo cedeu a pressão do congresso para discutir a retomada do pagamento do auxílio, mas ainda mantém uma postura reticente sobre o assunto alertando que a falta de dinheiro em caixa pode gerar um problema ainda maior no futuro.
Uma das propostas do governo é o pagamento de apenas 3 parcelas de R$200 aos mais afetados que seria pago a quem já recebeu auxílio no ano passado, está desempregado e não é beneficiado pelo Bolsa Família.
A ideia do governo agora é encontrar formas de viabilizar a retomada do pagamento. Para tanto, uma das ideias é prorrogar o estado de calamidade pública, que permite ao governo gastar acima do teto de gastos.
Arthur Lira (PP-AL), novo presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), novo presidente do Congresso, destacam a discussão da retomada do auxílio como pautas prioritárias.
Milhões de pessoas aguardam a decisão do governo, torcendo para que o auxílio seja retomado no ano de 2021, em vista da pandemia.