Vencendo seu quarto dia de acampamento contra a eleição de Luis Inácio, bolsonaristas que se reúnem no Setor Militar Urbano, em Brasília, viveram um momento desconfortável nesta quinta-feira.
O grupo acampa em frente a um quartel general e pede que o Exército intervenha para garantir que o voto popular não seja respeitado. Por esse motivo, as manifestações vem sendo chamadas de antidemocráticas.
Nesta quinta, o grupo registrou alguns membros passando mal e passou a suspeitar de sabotagem. Com um microfone, um dos organizadores pediu para os presentes para ter cuidado com os alimentos e bebidas servidos.
“Pessoal, cuidado, porque tem gente distribuindo água e comida contaminada”, pediu. Além disso, o grupo começou a se articular para pedir doações a fim de alugar um banheiro químico.
O grupo acredita que pessoas infiltradas estejam distribuindo comida e bebida contaminada a fim de provocar doença. O grupo agora conta com 34 banheiros químicos, que custam, cada um, R$100 por dia.
Para sustentar o gasto, o grupo passou a pedir doações. A alimentação dos participantes é oferecida por voluntários. Como o grupo financia a compra dos alimentos, não foi esclarecido.
O ato tem pautas pouco compreensíveis e contraditórias entre si. Na base, pedem intervenção das Forças Armadas, criticam a mídia brasileira e pedem, em inglês, por validação da mídia internacional.
No entanto, estadistas de vários países já reconheceram Lula como presidente eleito; mais do que isso, o próprio presidente Bolsonaro já iniciou o processo de transição.