A Justiça do Rio Grande do Sul anulou a decisão do Júri que condenou os réus no caso da Boate Kiss. Em decisão de dezembro do ano passado, Luciano Bonilha, Marcelo de Jesus, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr foram condenados a penas entre 18 a 22 anos.
Foram três votos, dois em favor da anulação do júri e um contrário. A decisão foi tomada em dezembro, logo os advogados dos réus entraram com recursos alegando nulidades no processo. Isto é, a defesa alegava que o processo não seguiu as formalidades da lei.
Com a decisão, os réus deverão ser soltos e um novo júri deve ser agendado para julgar o processo. Segundo a decisão, o MP pode entrar com recurso da decisão. Não foi definido ainda uma data para o novo júri.
Os réus:
Elissandro Spohr (sócio da boate) é apontado como um dos principais envolvidos nas ações tomadas na boate na noite da tragédia. Ele foi condenado a 22 anos de prisão. Ele esta na Penitenciária Estadual de Canoas.
Mauro Hoffmann (sócio da boate) é responsabilizado no processo, mas com menos intensidade por ter atuado menos nas decisões tomadas na noite em questão. Ele teve pena determinada em 19 anos e cumpre pena também na Penitenciária Estadual de Canoas.
Marcelo de Jesus (vocalista da banda) foi acusado por ter sido responsável pela manipulação dos artigos pirotécnicos, o que deu início as chamas. Ele foi condenado a 18 anos.
Luciano Bonilha (membro da equipe da banda) foi apontado como responsável por comprar o artefato. Ele também foi condenado a 18 anos de prisão.