Auxílio emergencial de R$ 600: Políticos milionários estão entre contemplados pelo benefício

Políticos com patrimônios que chegam até R$ 5 milhões, receberam o auxílio emergencial no valor de R$ 600,00

Alguns políticos com patrimônio milionário receberam o auxílio emergencial, no valor de R$ 600,00, pago pela Caixa Econômica.

Um levantamento divulgado pelo jornal O GLOBO, identificou que alguns candidatos para cargos públicos, em eleições dos anos 2016 e 2018, cuja declaração de bens ultrapassam o valor de R$ 1 milhão, estão recebendo um auxílio do governo.

Encontraram 136 candidatos com mais de R$ 1 milhão em bens na lista para receber o benefício, essas pessoas declararam um patrimônio milionário ao TSE, porém tiveram o auxílio emergencial aprovado, e já receberam até a segunda parcela.

A lista tem uma variedade de cargos, desde deputado estadual, federal, vereador, vice-prefeito e até prefeito.

O Ministro Bruno Dantas (TCU), já havia informado que muitas pessoas de classe média e até criminosos receberam o benefício de forma indevida.

O Dataprev divulgou que, durante a avaliação dos cadastrados, não existia uma verificação para avaliar os patrimônios da pessoa, o que poderia ter identificado cadastros com renda maior do que imposto nas regras de inscrição.

Segundo reportagem de O GLOBO, Hélio Raimundo foi uma dessas pessoas. Engenheiro e ex-prefeito de Vila Boa em Goiás, que atuou nos anos 2013 até 2016, ele está na lista dos beneficiados com o Auxílio.

Em uma tentativa de se reeleger, Hélio se candidatou novamente em 2016, onde declarou ter mais de R$5 milhões em patrimônio, distribuídos em fazenda com mais de mil hectares, uma casa, quatro lotes, um loteamento e um veículo.

No dia 27 de abril, Hélio, se cadastrou para receber o auxílio de R$ 600,00 e foi aprovado pela Caixa em 15 de maio.

Hélio alegou que estava desempregado, e que seus bens foram vendidos para pagar dívidas de campanhas. Campanhas nas quais tiveram um custo de R$ 67.000,00 e R$ 23.000,00, respectivamente.

Hélio também alegou que gastou mais de R$ 2 milhões em campanhas no ano de 2016, e que segundo ele não tem como “declarar todos os gastos” ao TSE. Segundo o TSE, omitir gastos de campanha é um crime eleitoral.

Em sua passagem como prefeito, Hélio foi proibido de utilizar uma caminhonete da prefeitura para fins pessoais, porque havia utilizado o veículo para levar a filha até sua cidade natal, com abastecimento pago com dinheiro público.

Escrito por

Laila Deolinda

Redatora a dois anos, levando informações, entretenimento e notícias verídicas ao público, com muita dedicação e clareza.