Após ser condenado no lugar do irmão, homem pede indenização de R$1,2 milhão ao Estado

Lorivaldo ficou preso por mais de um ano.

Imagine ter um irmão e acabar se complicando na Justiça por um crime que ele cometeu. Você alega inocência, prova que não cometeu crime algum e, ainda assim, é condenado. O que fazer diante de um sistema que comete erros?

Lorivaldo Gaia de Freitas, 33, viveu um verdadeiro terror após ser condenado por um crime que não cometeu. O problema só foi resolvido 5 anos depois da condenação, graças a ação da Defensoria Pública do Amapá.

Tudo começou em 2016, quando Lorivaldo foi notificado por um oficial de Justiça dentro do seu ambiente de trabalho. Ele trabalhava no depósito de uma distribuidora e, desde então, não teve mais paz em sua vida privada.

Lorivaldo estava sendo processado por um roubo a um bar, acontecido no ano anterior. Na verdade, Lorivaldo foi trapaceado pelo próprio irmão. Leosvaldo havia sido preso em flagrante pelo crime, mas foi solto após expiração da prisão temporária.

Na delegacia, ao ser solto, ele deu o nome do irmão. Mesmo com todas as evidências contra Leosvaldo, a polícia aceitou o nome de Lorivaldo, que passou a ser processado no lugar do irmão. O caso é cheio de erros policiais e jurídicos, mas resultou em uma pena de 1 ano e 4 meses, integralmente cumprida por Lorivaldo.

Agora, novamente com auxílio da Defensoria Pública, ele cobra uma indenização pelo erro cometido contra ele. “Foram cinco anos de vida jogados fora. Esse valor ainda é pouco (…) O valor do prejuízo que causaram a mim foi definido pelos defensores através de pesquisas de casos parecidos com o meu”, declarou ao UOL.

Lorivaldo afirma que agora pretende estudar e se formar no ensino superior. Ele planeja poder dar maior suporte aos filhos e a mulher.

Escrito por

Roberta R

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