Certamente a maioria das pessoas já usou ou reutilizou garrafas plásticas como recipientes para armazenar água destinada para o consumo. Esta prática que parece inofensiva pode ter consequências graves, é o que revela um novo estudo realizado por dois químicos da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.
Os estudos foram realizados fazendo-se o uso de garrafas plásticas tanto novas quanto usadas. As garrafas foram preenchidas com água da torneira e examinadas duas vezes, uma antes de as garrafas serem lavadas em uma lavadora de louças e uma depois.
Os resultados mostraram, para a surpresa de todos, que mais de 400 substâncias provenientes do plástico haviam se infiltrado na água e que os vasilhames que haviam sido lavados na lava-louças haviam passado água mais de 3500 substâncias advindas do sabão usado na máquina.
Até mesmo a água testada nas garrafas plásticas que são vendidas com o propósito de serem reutilizadas não escapou da contaminação. As garrafas reutilizáveis foram lavadas sem o uso de lava-louças e mesmo assim apresentaram mais de 500 contaminantes, 100 deles vindos do próprio plástico.
Os cientistas ainda não sabem ao certo se as substâncias encontradas nas garrafas que não foram para a máquina de lavar louças, ou seja, aquelas provenientes apenas do plástico, são nocivas para a saúde.
Eles disseram, no entanto, que depois de observar os resultados do estudo, utilizariam apenas garrafas de vidro ou de aço inoxidável para beber água, ou seja, os responsáveis pelo estudo preferem não se arriscar.
