A cantora Walkyria Santos tem buscado encontrar forças para fazer Justiça após a morte de seu filho, o adolescente Lucas Santos. O garoto, que tinha apenas 16 anos, foi encontrado morto no próprio quarto após tirar a própria vida.
O garoto, segundo depoimento da mãe, dava sinais de que não estava bem emocionalmente, mas foi um vídeo publicado na internet que, segundo Walkyria, desencadeou o suicídio do adolescente. Em desabafo emocionado, o irmão do jovem, Bruno Santos, chegou a dizer que “a internet matou ele [Lucas]”, rebatendo as notícias de que o irmão teria tirado a própria vida.
Acontece que Lucas foi alvo de comentários homofóbicos na internet. O garoto não era homossexual, mas postou um vídeo brincando com um amigo e isso foi motivo para uma onda de ataques. Para a família, os ataques foram responsáveis por piorar o quadro do jovem.
“As pessoas não podem simplesmente destilar o ódio, simplesmente destilar o preconceito. O preconceito não pode vencer. Ontem foi meu filho, eu espero que não seja nenhum dia o filho de vocês“, declarou a cantora.
A família agora luta para que seja aprovada uma lei que criminalize o discurso de ódio na internet. Tecnicamente, ofensas na internet já são crime, mas a falta de uma legislação própria cria brechas para a impunidade.
O deputado federal Julian Lemos apresentou a PL 2699/2021, apelidada de “Lei Lucas Santos”. O texto da lei traz, de forma mais clara, a tipificação dos crimes de ódio virtuais.
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