A invasão russa na Ucrânia pode não durar tanto quanto se chegou a pensar. A ação militar russa tem sido implacável, deixando pouca, ou nenhuma, margem para uma reação ucraniana. O resultado pode ser uma dominação precoce.
A Rússia alega ter agido apenas para conter os avanços da influência ocidental sobre a Ucrânia. O Kremlin espera a rendição do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, ou a sua derrubada. Para isso, o país alegou estar pronto para o “diálogo”, mas em seus próprios termos.
Como parte de sua estratégia, a Rússia já chegou a incentivar que as forças militares ucranianas tomem o poder no país; em outras palavras, a Rússia defende até um golpe militar na Ucrânia desde que isso resulte na queda de Volodimir Zelenski.
A Rússia propôs um encontro para discutir sobre o fim da guerra, desde que a Ucrânia abaixe as armas. O país também escolheu o lugar: Minsk, capital de Belarus, aliada da Rússia. A Ucrânia, por sua vez, quer que o encontro aconteça na Polônia, aliada da OTAN.
A Ucrânia resiste como pode, inclusive armando a população civil. A TV estatal do país chegou a divulgar vídeos ensinando a produção de coqueteis molotov. A orientação do governo é que a população ataque soldados russos.
O confronto armado pode estar perto de um fim, caso os países realmente estejam dispostos a dialogar – apesar disso, especialistas argumentam que, mesmo com o cessar fogo, as repercussões da invasão ainda podem durar por anos.