Pesquisadores de todo mundo se aproximam cada vez mais da vacina contra o novo coronavírus. Agora o Brasil entrou no mapa com a aprovação da Anvisa para que 2 mil voluntários brasileiros se submetam ao teste clínico da vacina que vem sendo elaborada pela Universidade de Oxford, do Reino Unido.
A vacina britânica já passou com sucesso das duas primeiras fases de testes: em animais e também em humanos, em escala menor, para que fosse provada a segurança de sua aplicação. A terceira fase envolve a aplicação da vacina em cerca de 10 mil voluntários, em todo o mundo, que não tiveram contato com o vírus.
No Brasil, a vacina será aplicada em voluntários do Rio de Janeiro e São Paulo, os estados com maior concentração de casos. A determinação foi publicada em edição extra do Diário Oficial e destacou a necessidade da aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
No Rio de Janeiro, ainda não foi divulgado qual instituição vai entrar como parceira dos pesquisadores britânicos. Em São Paulo, a Unifesp por meio do seu Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais vai estar responsável por conduzir os testes clínicos. A etapa conta ainda com apoio financeiro da Fundação Lemann.
VACINA BRITÂNICA TEM PESQUISADORA BRASILEIRA NA FRENTE
Daniela Ferreira, de 37 anos, é quem comanda a pesquisa na Escola de Medicina Tropical de Liverpool. Imunologista e especialista em vacinas, Ferreira comanda o estudo que “reaproveitou” pesquisas que já haviam sido usadas para vacinas contra as Síndromes Respiratória Aguda Grade e Respiratória do Oriente Médio.
O uso das descobertas prévias foi capaz de acelerar alguns dos processos e também garantir parcialmente a segurança das vacinas. Os pesquisadores confiam tanto na pesquisa que a vacina já esta sendo produzida em larga escala, mesmo ainda esperando aprovação. A ideia é que se tenha um estoque funcional quando a vacina for aprovada.