Adolescente é barrada em shopping por ser confundida com ‘pedinte’: pai é Defensor Público e entra com ação

Gerente do local admitiu o erro.

Uma adolescente de 16 anos foi barrada de entrar em uma padaria, no interior de um Shopping Center, porque foi confundida com uma “pedinte”. Pelo menos, foi isso que o segurança do estabelecimento argumentou ao aborda-la.

A menina estava no local para consumir, mas foi impedida de entrar porque “não poderia pedir” no estabelecimento. Negra, a menina teve que se explicar e só depois teve o acesso liberado. Mel Campos estava no Bairro Cocó, em Fortaleza.

Segundo a própria menina, ela não identificou racismo na situação de cara e só conversou com o pai mais tarde, aconselhada por uma amiga. Adriano Leitinho, que é um defensor público, identificou racismo na forma como a filha foi abordada.

Ele se encaminhou até a Delegacia da Defesa da Criança e do Adolescente e prosseguiu com o  registro de uma notícia-crime na, denunciando que a filha teria sido vítima de racismo. Para o defensor, mesmo que a filha estivesse ali para pedir dinheiro, não poderia ter sido discriminada.

“A segurança tratou a minha filha como pedinte apenas por ser negra, ligando a cor à pobreza, o que é inadmissível e é racismo. Minha filha estava voltando do jiu jitsu de kimono, com sua mochila nas costas. Não estava pedindo nada a ninguém. E mesmo se estivesse não justificava a abordagem racista e discriminatória

A gerente do Shopping Pátio Portugaleria foi procurada e reconheceu que o episódio havia mesmo acontecido e informou que a funcionária pediu demissão após o episódio.

Escrito por

Roberta R

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