Aos 17 anos de idade, Bushra Masomi se tornou uma ativista por direitos humanos no Afeganistão ainda muito jovem. A jovem estava se formando na escola e sonhava em prosseguir com os estudos para se tornar médica, mas agora todos os planos estão suspensos.
A jovem esta com a família enquanto enfrenta o período de transição no Afeganistão. Masomi conta que a vida era boa no país, mas com a chegada do Talibã tudo mudou. “Nós precisamos ficar em casa, as aulas foram interrompidas, as lojas estão todas fechadas e não temos nenhuma esperança de futuro“, desabafou.
Masomi conta que, desde a tomada do poder pelo Talibã, ela esta confinada em casa com a família. O medo de todos é que sejam alvos de punições do grupo extremista. Agora, a família foca apenas no plano de sair do país o quanto antes.
“Antes da chegada do Talibã eu tinha muitos sonhos, queria ser médica e cuidar do meu povo. Depois da ocupação do Talibã, não vejo nenhum futuro no Afeganistão“, conta.
A situação dos afegãos é muito delicada. O Talibã não reconhece democracia e governa de acordo com sua própria interpretação do Islã. Ciência, avanço, direitos das mulheres, equidade entre gêneros, liberdade de expressão, diversidade religiosa, abertura cultura, entre outras coisas, são abominados pelo grupo.
Para afegãos progressistas e mulheres afegãs, o Talibã representa um risco de vida para todos os dias. Por isso, milhares tentam abandonar o país. Para a família de Bushra, esse é o caminho a ser tentado. A família, inclusive, pode vir para o Brasil.