O homicídio de Marielle Franco segue não resolvido inteiramente. Embora a justiça tenha certeza de quem efetuou os disparos, a polícia ainda não conseguiu chegar aos nomes dos mandantes do crime, ou seja, quem pagou pela execução.
Ronnie Lessa, um PM reformado, é um dos principais nomes da investigação. Agora, ele vai responder também pelo crime de tráfico internacional de armas. A investigação foi conduzida pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos.
Marcus Amin, delegado titular do caso, explica que Lessa é suspeito de ter traficado armas dos Estados Unidos. A investigação aponta que o crime acontecia desde 2014. Amin explica ainda que Lessa praticou o crime até poucos dias antes de ser preso.
Foram cerca de 5 anos trazendo armas de forma ilegal para o Brasil, diretamente dos Estados Unidos. A polícia encontrou uma arsenal de 117 cópias de fuzis. As armas falsas estavam desmontadas e incompletas, a polícia acredita que as armas seriam vendidas para o crime.
Há ainda um desdobramento dessa investigação na vara da infância, já que um dos filhos de Lessa, que é menor de idade, ostentava armas nas redes socais. A polícia acredita que o instrumento usado pelo menor nas fotos era uma arma de fogo verdadeira.
Em março deste ano, a Justiça determinou a quebra de sigilo bancário de Lessa e Élcio Queiroz, outro envolvido no caso. Só com Lessa, a Justiça determinou o sequestro de R$2,6 milhões em bens associados ao seu nome.
Marielle Franco e Anderson Gomes
Marielle Franco foi morta em março, de 2018. A então vereadora do Rio de Janeiro estava acompanhada pelo motorista Anderson Gomes e uma assessora. O carro em que estavam foi alvejado de tiros e os dois não sobreviveram.
A polícia acredita que o crime tenha envolvimento da milícia e a motivação ainda não foi esclarecida, embora indícios apontem que as ações da vereadora contra a milicia podem ser a resposta.