A impressionante história do serial killer coreano que ficará impune mesmo depois de confessar ter matado 14 mulheres

Foram 14 crimes, entre 1986 e 1991, pelos quais ele nunca pagou e nem vai pagar.

A história de Lee Chun-Jae segue sendo um dos tópicos mais mal digeridos pelos sul-coreanos, especialmente pelas forças policiais e pela Justiça do país. Tudo começou em 1986, quando Lee cometeu seu primeiro crime da série de crimes que cometeria mais tarde.

Foram 14 crimes, entre 1986 e 1991, pelos quais ele nunca pagou e nem vai pagar. Chun-Jae geralmente deixava as vítimas presas, elas também eram abusadas e depois mortas.

Os crimes ficaram tão conhecidos na época, gerando tanto pânico, que se tornou uma das maiores caçadas que o país (e o mundo) já viu. Foram mais de 21 mil homens investigados, interrogados e tratados como potenciais suspeitos.

Quem acabou sendo preso pelo crime foi outro homem, Yoon, que sempre alegou inocência. Ele foi solto em 2008, depois de 20 anos preso por crimes que não cometeu. Mas agora ele tenta limpar sua ficha criminal, o que resultou na confissão de Chun-Jae.

Lee Chun-Jae foi levado à corte que julgava o recurso de Yoon e confessou, diante de todos os presentes, ser o único responsável pelos crimes. Yoon alega que foi forçado pela polícia a confessar o crime, por meios coercitivos, a polícia também admitiu ter violado os direitos de Yoon na época.

O mais impressionante da história é que Lee Chun-Jae declarou, diante da corte do país, que não entende como não foi preso antes. Ele afirma que nunca se esforçou para esconder a autoria dos crimes e que não agia de modo premeditado.

Lee afirma ainda não saber o que o levou a cometer os crimes, que agia de forma impulsiva a depender do contexto. Ele está preso desde 1994, quando foi pego por um único crime: a morte e abuso da cunhada. Ele foi condenado inicialmente à pena de morte.

No entanto, a pena foi reduzida a perpétua e ele chegou a ter direito de pedir liberdade condicional em 2015. Agora, o Ministério da Justiça da Coréia do Sul afirma que ele passará o resto da vida na prisão.

O caso dos crimes de Lee é tão conhecido no país que inspirou o filme “Memórias de um Assassino”, do diretor ganhador do Oscar, Bong Joon-Ho. O filme chegou a ser listado como “subversivo” pelo país, por criticar as investigações da época.

Lee permanecerá preso pelo crime cometido contra a cunhada, mas todos os outros crimes não serão julgados já que prescreveram, de acordo com a lei sul-coreana.

Escrito por

Roberta R

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