Sabe aquela sensação de baixar um jogo “gratuito” e depois de 5 minutos descobrir que você precisa pagar R$ 49,90 para desbloquear o segundo nível? Ou pior: esperar 24 horas para ganhar mais “energia” ou soltar uma grana para continuar jogando? Pois é, a gente também odeia isso!
Por isso, inspirados pelo excelente artigo do playgameslink sobre jogos sem compras abusivas, decidimos garimpar a Play Store atrás de verdadeiras pérolas gratuitas. E olha, não foi fácil! É mais difícil achar jogo honesto na Play Store do que achar vaga de estacionamento em shopping no sábado à tarde.
Mas conseguimos! Depois de testar aproximadamente 847 jogos (ok, foram uns 50, mas pareceram 847), separamos 3 títulos que são realmente gratuitos e não vão transformar seu celular numa máquina de pedir dinheiro. Vamos lá?
1. Alto’s Odyssey – O Zen do Sandboard Infinito
Imagine isso: você é um sandboarder atravessando desertos infinitos enquanto o sol se põe no horizonte, saltando sobre ruínas antigas e fazendo manobras impossíveis. Agora imagine fazer tudo isso SEM um pop-up pedindo R$ 19,90 para desbloquear o “Super Salto Premium Plus Ultra”. Milagre? Não, é Alto’s Odyssey!
Este jogo é tipo aquela playlist lo-fi que você coloca pra estudar, só que interativo e muito mais viciante. A jogabilidade é simples: você toca na tela para saltar e segura para fazer backflips. Mas não se engane pela simplicidade – você vai se pegar tentando bater seu recorde às 3 da manhã enquanto promete pra si mesmo “só mais uma descida”.
O visual minimalista é tão bonito que dá vontade de printar cada frame e pendurar na parede. E a trilha sonora? Meu amigo, é tão relaxante que deveria vir com aviso: “Não jogue enquanto dirige ou opera máquinas pesadas”.
“Mas peraí, tem anúncios então?” – você deve estar pensando. Sim, tem alguns, mas são tão discretos que você quase agradece quando aparecem porque te lembram de piscar e hidratar. E se quiser removê-los, é uma compra única e baratinha, não aquela assinatura mensal que você esquece de cancelar e descobre seis meses depois no extrato do cartão.
2. Underhand – O Card Game Mais Sinistro (e Gratuito) que Você Vai Jogar
Já pensou em liderar um culto apocalíptico usando apenas cartas e decisões moralmente questionáveis? Não? Bom, agora você vai! Underhand é um roguelike de cartas onde você precisa balancear recursos como dinheiro, cultistas e comida enquanto tenta invocar divindades antigas para destruir o mundo. Sabe, coisas normais de quinta-feira.
O jogo tem aquele visual noir que te faz sentir como se estivesse jogando dentro de um filme do Tim Burton dirigido pelo H.P. Lovecraft. Cada carta apresenta uma situação que você precisa resolver: “Um cultista quer sair da seita para fazer faculdade”. Você deixa ele ir (perdendo um seguidor) ou… bem, digamos que as outras opções não são muito legais para o rapaz.
O melhor de tudo? Zero compras no app. ZERO! Nem cosmético, nem “acelere seu ritual por apenas R$ 4,99”, nem “compre o Pacote do Cultista Iniciante”. O jogo é completamente gratuito e sem anúncios. Como eles sobrevivem? Honestamente, suspeito que seja magia negra mesmo.
A rejogabilidade é insana – cada partida dura uns 20 minutos, mas você vai querer jogar de novo imediatamente para tentar invocar um deus diferente ou descobrir novas combinações de cartas. É o tipo de jogo que você baixa “só pra testar” e três meses depois ainda está jogando no banheiro do trabalho.
3. Data Wing – Racing Futurista que Respeita Seu Tempo (e Carteira)
Imagine se Tron tivesse um filho com um jogo de corrida minimalista e esse filho fosse criado por pais super responsáveis que não cobram mesada. Esse é Data Wing! Você controla uma pequena nave de dados (sim, dados mesmo, tipo os do seu celular) correndo por circuitos neon enquanto uma IA meio suspeita te conta uma história que começa inocente e vai ficando cada vez mais sinistra.
Os controles são geniais: você toca nos lados da tela para virar, e é só isso. Mas não pense que é fácil – dominar as derrapadas e encontrar o caminho mais rápido em cada fase vai exigir reflexos de piloto de F1 e paciência de monge tibetano. A física do jogo é tão satisfatória que você vai se pegar fazendo “vruum vruum” com a boca enquanto joga (não julguem, todos fazemos isso).
A história é contada através de mensagens de texto entre você e “Mãe”, a IA que te guia. Sem spoilers, mas prepare-se para questionar a natureza da realidade e seu propósito existencial. Tudo isso em um joguinho de corrida grátis de celular. 2024 é selvagem mesmo!
E adivinha? Completamente grátis! Sem anúncios, sem compras, sem pegadinhas. O desenvolvedor fez o jogo por paixão e disponibilizou de graça porque, aparentemente, ainda existem heróis neste mundo. São apenas 2 horas de campanha, mas que 2 horas! Cada nível é perfeitamente construído, e depois de terminar a história principal, você vai voltar para tentar pegar todas as estrelas e melhorar seus tempos.
Por Que Esses Jogos São Especiais?
Num mar de jogos “freemium” que são mais “mium” do que “free”, esses três títulos provam que ainda é possível fazer jogos mobile honestos e divertidos. Eles respeitam seu tempo, não tratam você como um cartão de crédito ambulante, e mais importante: são genuinamente DIVERTIDOS!
Alto’s Odyssey te oferece infinitas horas de zen e adrenalina, Underhand te faz questionar suas escolhas morais enquanto ri nervosamente, e Data Wing entrega uma experiência narrativa que muitos jogos de R$ 200 não conseguem. E tudo isso sem gastar um centavo (a menos que você queira apoiar os desenvolvedores, o que seria bem legal da sua parte).
Então da próxima vez que você estiver na fila do banco, esperando o ônibus, ou fingindo prestar atenção numa reunião no Zoom, lembre-se: você tem três jogos incríveis no bolso que não vão tentar roubar sua carteira.
Agora, se me dão licença, preciso voltar a liderar meu culto no Underhand. Esses deuses antigos não vão se invocar sozinhos!
Você conhece outros jogos mobile realmente gratuitos e sem pegadinhas? Conta pra gente nos comentários! E se você baixar algum desses três e viciar, a culpa não é nossa (mas também não vamos pedir desculpas).
